domingo, 22 de março de 2020

XP-14F Skystriker (na verdade o F-14 TOMCAT)

XP-14F Skystriker, o nosso Super Caça-Bombardeiro

 Fontes:
Top Gun - Os mais famosos aviões de guerra, nro 4,  F-14 Tomcat - por sua vez já baseado na edição de Guerra nos Céus, com a liberdade de alguma mudanças e atualizações por parte do transcritor.
Guias de Armas de Guerra - Aviação Naval - Aeronaves embarcadas.
Guiar de Armas de Guerra - Caças da OTAN Vol II
Guias de Armas de Guerra - Caças e Aviões de Ataque Modernos Vol I
Guias de Armas de Guerra - Caças de Vombate Vol I
Guias de Armas de Guerra - Caças dos EUA Vol II
Guias de Armas de Guerra - Mísseis - Ar-ar e anti-tanque
Wikipedia
Yojoe.com

F-14 da VF-84 Joçy Rogers
As asas de geometria variável dão a esse caça um extraordinário desempenho nas mais variadas condições de operação

McDonnel Douglas F-14 Phantom II
          O F-14 foi projetado para suplantar o McDonnel Douglas F-4 Phantom II, um dos melhores caças de todos os tempos. Buscavam-se, com o novo avião, três objetivos: manter a supremacia aérea da US Navy[i], ameaçada pelos notáveis avanços da União Soviética na tecnologia de aeronaves de combate; defender a frota de ataques múltiplos por aviões equipados com mísseis de longo alcance; e efetuar missões de ataque, tanto como caça quanto na condição de plataforma para armas ar-superfície. Todos esses requisitos foram satisfeitos no F-14 Tomcat, aparelho que incorpora diversos dos processos tecnológicos conquistados em sua época de projeto, como as asas de geometria variável, turbofan com pós-combustores[ii], radar AWG-9 e míssil AIM-54A. Resultou num notável interceptador e num caça com flexibilidade operacional sem similar em sua época e que o colocou como o primeiro dos chamados “supercaças”.
          Uma comparação com o F-4 Phantom mostra-o maior, consideravelmente mais pesado e com um envelope de desempenho a 1G[iii] quase do mesmo tamanho, enquanto as cargas de empuxo são comparáveis e a carga de asa muito maior. Aqui terminam as similaridades.
         
F6D Missileer
 As origens do projeto do F-14 remontam à década de 1950. Tudo começou com a proposta da McDonnel Douglas de um “Missileer” (aeronave porta-mísseis) que defendesse as embarcações estadunidenses contra ataques desfechados por bombardeiros soviéticos de longo alcance. Ao contrário do F-4 Phantom, que voou pela primeira vez em 1958, o F6D Missileer foi projetado como avião de patrulha subsônico, cujos mísseis poderiam destruir as aeronaves inimigas antes que atacassem a força tarefa ou o comboio. Para garantir sua superioridade sobre o maior número de aparelhos soviéticos baseados em terra, cada F6D deveria levar seis mísseis Eagle de longo alcance sob as asas e mais dois sob a fuselagem.
          O projeto do F6D/Eagle sofreu interrupção no final de 1960, mas os princípios básicos do sistema foram usados no Grumman F-111B, que voou em 1965. O F-111B era a versão produzida para a US Navy do modelo de geometria variável General Dynamics F-111. Este, por sua vez, teve origem na concorrência para o TFX, aparelho polivalente que deveria preencher tanto os requisitos da USAF para um interceptador de baixa altitude quanto os da US Navy para um caça de defesa da frota, no lugar do F-4.
Difícil começo
         
O F-111B teve de superar muitos problemas ao longo de seu desenvolvimento, sendo o mais sério um contínuo aumento de peso. Em outubro de 1967, a Grumman apresentou proposta para um projeto menor e mais leve que o F-111B. Tratava-se de um aparelho completamente novo, que conservaria o sistema AWG-9 e mísseis Phoenix, previstos para o F-111B, mas se propunha a oferecer desempenho bem mais elevado. Em julho de 1968, a US Navy abriu concorrência para um novo caça, sob a denominação VFX, destinado a substituir o F-111B. No início do ano seguinte, a Grumman venceu a concorrência e seu novo projeto tornou-se o F-14A.
          O primeiro deles fez seu voo inaugural na fábrica de Calverton (EUA), em 21 de dezembro de 1970, com o piloto-chefe da companhia, Bob Smyth, e o piloto do projeto F-14, Bill Miller, no assento de trás. Nove dias depois, durante o segundo voo, ele caia após total perda de controle nos comandos, causada por fadiga no material da tubulação hidráulica. Os tripulantes salvaram-se ejetando os assentos, mas o F-14 foi destruído. Os tubos de aço foram substituídos por outros de titânio, e o segundo F-14 voo em 24 de maio de 1971.
          Mais dois acidentes aconteceriam ao longo de seu desenvolvimento. Em 30 de junho de 1972, Bill Miller morreu; se avião (o número 10) caiu no mar enquanto treinava para apresentar-se numa exposição. Em 20 de junho de 1973, um F-14 pilotado por pessoal da Marinha incendiou-se ao ir de encontro com um míssil Sparrow desarmado que ele mesmo lançara. Os assentos ejetáveis salvaram os tripulantes. Depois desse acidente, o sistema propulsor dos misseis passou a ser mais potente.
          O F-14A realizou suas primeiras operações de pouso e decolagem de convés no porta-aviões Forrestal, durante o mês de junho de 1972, e as entregas à US Navy começaram em outubro do mesmo ano. As duas primeiras esquadrilhas, VF-1 (Red Wolves) e VF-2, foram comissionadas para a base de Miramar (Califórnia), em 14 de outubro de 1972, e embarcadas no Enterprise em setembro de 1974. Em 1981, a F-14A  equipou a esquadrilha de teste e avalição VX-4, em Point Mugu (Califórnia); as esquadrilhas da frota VF-51, 111 e 124, também de Miramar; e VF-32, 41, 84 (a Jolly Rogers), 101 e 142, baseadas em Oceana (Virgínia). No início dos anos de 1980, a Marinha Estadunidense pretendia adquirir 521 aparelhos para equipar dezoito esquadrilhas, mesmo estando em produção, 1981, em torno de 30 aviões por ano.
          A grande maioria dos F-14A equipou a aviação naval dos Estados Unidos. No entanto, oitenta aparelhos estavam em serviço na Força Aérea Iraniana em meados da década de 1980, constituindo, portanto, um adversário em potencial das forças estadunidenses. Esses aviões foram vendidos ao Irã nos anos 70, quando o país era governado pelo Xá Reza Pahlevi, aliado estadunidense; destinavam-se a desencorajar os sobrevoos dos MiG-25 na área. Com a Revolução Iraniana e a queda do xá, interrompeu-se a assistência técnica, bem como o suprimento de peças de reposição.
Tecnologia de ponta
Um F-14 se prepara para abastecimento em voo.
Repare a carga de ataque ao solo e destruição de bunker. 
          No projeto básico, o F-14 é um biplace com os assentos do piloto e do oficial de voo naval em tandem[iv], impulsionado por dois turbofans Pratt & Whitney TF-30-P-414, de 9.480kg de empuxo, com pós-combustores, em carenagens montadas na fuselagem. Estas apresentam, na frente, um complexo sistema de tomadas de ar quadradas de geometria variável e, atrás, bocais divergentes/convergentes, também variáveis. A empenagem traz dupla deriva, destinada a compensar qualquer falha súbita de empuxo numa das turbinas quando em velocidade máxima. A célula era extremamente moderna em sua época, com estabilizadores revestidos de um composto de boro-epóxi. As derivas inclinadas e instaladas sobre os motores.
          Trata-se do segundo avião produzido em série no Ocidente a usar enflechamento variável. Seu projeto de asa baseou-se na chamada “articulação externa”, desenvolvida pela NASA para minimizar a variação na estabilidade do aparelho à medida que as partes móveis se fecham. Os dois pivôs encontram-se a 5,48m de distância. A geometria variável oferece vantagens especiais num caça naval como o F-14: sob enflechamento mínimo (20º no bordo de ataque), ele tem bom desempenho de decolagem e aterrisagem, grande raio de ação subsônico e elevada autonomia para patrulhamento aéreo; sob o enflechamento máximo (68º), adquire admirável desempenho supersônico, com respostas mínimas a lufadas em missões de penetração a alta velocidade e baixa altitude; a posição de superenflechamento (75º) reduz a envergadura, permitindo a acomodação nos exíguos hangares dos porta-aviões.
         
Embora o piloto possa comandar o ângulo de enflechamento, esse movimento é normalmente efetuado (a um máximo de 7,5º por segundo) por um computador, que determina a posição de arrasto mínimo relativa às condições de voo.
          A combinação de asas de geometria variável com uma grande superfície de sustentação, conhecida como panqueca, a ré da fuselagem, produz um absurdo de cargas de asa ortodoxas, dando, só na panqueca, 40% de área de sustentação extra, combina aos dispositivos de sustentação na asa para produzir um pássaro que mesmo os pilotos de F-15 não se importam de diminuir a velocidade e girar.[v]
          Isso posto pois, curiosamente, enquanto o F-15 de geometria fixa é obrigado a trabalhar como bombardeiro a baixa altitude (Strike Eagle), o F-14, com sua geometria alar variável, pode assumir praticamente qualquer missão de combate, mas nunca foi bem operado em operações ar-superfície.
          Um dos refinamentos tecnológicos do F-14 está na superfície triangular existente no bordo de ataque, na parte fixa de cada asa. Sua finalidade é compensar o deslocamento do centro aerodinâmico para trás, a velocidades muito altas, estendendo-se ao máximo a Mach 1,5. Esse elemento pode ser operado manualmente para melhorar a manobrabilidade.
         

           Antes mesmo de projetar o F-14, a Grumman já era considerada uma das principais empresas especializadas no campo da geometria variável. Entre 1952 e 1953, ela testou seu caça experimental XF10F-1 Jaguar, desenvolvendo depois o F-111B, que fracassou. Assim, quando iniciou o novo avião, pôde aplicar uma tecnologia muito mais avançada na parte central da asa (que comporta articulações), substituindo a estrutura de aço rebitado do F-111 por uma unidade muito mais leve, de titânio soldado por feixe de elétrons.
O F-14 Tomcat no momento em que quebra a barreia de som,
toando visível o "sonic boom".
           O Phantom, da geração anterior, é totalmente desclassificado em uma luta de giro, assim como diversos caças modernos. O Tomcat pode puxar 7G em Mach 2 e ainda manter esta carga quando a velocidade cai a Mach 1. A velocidade de ângulo não foi divulgada, mas é um pouco abaixo de 300 nós (556 km/h). A taxa de giro sustentado também não foi revelada, porém, com tudo mais sendo igual, as cargas de alto G podem ser suportadas na extremidade inferior da faixa de velocidade, dando uma pequena taxa de giro. Pode-se supor, igualmente, que o grande tamanho e a grande massa do F-14 tendam a reduzir seu desempenho transiente.
o radar AWG-9
          Mas o que faz do F-14 um aparelho ímpar é o equipamento eletrônico. Seu radar Hughes AWG-9 pode atuar nas configurações de pulso e pulso-Dopler, numa operação de detecção-e-varredura que lhe permite monitorar 24 alvos simultaneamente e mostrando até 12 deles na tela da posição traseira, enquanto um computador trava ameaças planeja ataques a seis alvos diferentes contidos nesses campos de tiro simultaneamente, em rápida sucessão e oferecendo orientação semi-ativa ao armamento disparado, em um sistema de time sharing.
          O radar, projetado para detecção em até 200 milhas náuticas (370 km), na pratica detecta bombardeiros a 315km , caças a 215km, e pequenos mísseis teleguiados de cruzeiro (cruise) a mais de 120km; é complementado por um detector infravermelho de alvos. Em meados dos anos 80, a Marinha estava financiando um projeto de televisão da Northrop para dar ao F-14 capacidade de identificação visual à longa distância.
         
E2-C Hawkeye
         O sistema, ainda, pode receber outros contatos, através de um link de dados digital e transmitir dados a outra aeronave, da mesma forma. O F-14 trabalhava em perfeito conjunto com o avião E-2C Hawkeye AEW e com o avião de guerra eletrônica EA-6B Prowler, e pode detectar e destruir alvos ultra-rápidos e ultra-altos. Vale lembrar que, na época, um único E-2C podia dirigir 30 caças simultaneamente.
          O Hawkeye fazia patrulhas longas, de até 370 km do alvo ou direção de possíveis ataques, enquanto o F-14 mantinha uma patrulha na média dos 90 km, ficando mais próximo do porta-aviões, frota ou comboio, prontos para agir contra qualquer ameaça detectada.
         
A variedade de armamentos que pode ser levada pelo F-14.
        Uma característica exclusiva do F-14 consiste seu míssil ar-ar Hughes AIM-54A Phoenix, de longo alcance, capaz de atingir todo tipo de alvo aéreo sob qualquer tempo. O Phoenix tem cerca de 3,96 m de comprimento, 38 cm de diâmetro e 91,5 cm de envergadura. Pesa 454 kg no lançamento e carrega uma ogiva de 60 kg. A orientação inicial é por radar semiativo (que usa os reflexos das transmissões do caça lançador) e depois por mira ativa, na fase final. Trata-se de um míssil de categoria única em termos de alcance, aparentemente em virtude de seu voo pré-programado: uma forte ascensão até grande altitude, seguindo-se um cruzeiro supersônico e, por fim, descida rumo ao alvo.
          Complementam os mísseis Phoenix, na função ar-ar, o AIM-7 Sparrow, de médio alcance e mira por radar, o AIM-9 Sidewinder, de curto alcance e orientação por infravermelho, e o canhão rotativo M61 de 20 mm. As inúmeras configurações de armamento permitem até seis Phoenix e dois Sidewinder, porém o conjunto mais comum pra missões de interceptação compõe-se de dois Phoenix, dois Sparrow e dois Sidewinder.
O F-14 e uma das suas muitas configurações de armas.
          Nos testes com o Hughes Phoenix, obteve-se um recorde de alcance quando um deles, disparado contra um simulado “Backfire” soviético, distante 204 km, atingiu o avião alvo teleguiado , que voava a Mach 1,5. Outro recorde – desta vez de altitude – foi batido pelo Phoenix que interceptou com sucesso um míssil Bomarc simulando um MiG-25 a Mach 2,7 e 24.700 m.   A destruição de mísseis de cruzeiro por caças ficou demonstrada quando um F-14 atingiu com o Phoenix, a 41 km de distância, um pequeno alvo a Mach 0,75 voando a 15 m do solo. O teste mais notável, porém, envolveu uma salva de seis mísseis Phoenix, num intervalo de 38 segundos, contra diversos objetivos, distantes de 57 a 93 km. Quatro atingiram os alvos em cheio. A média de sucesso nos testes do Phoenix realizados pela Marinha estadunidense foi de 84%.
          O radar AWG-9 e o míssil Phoenix, combinados, colocavam o F-14 em posição destacada diante de todos os outros caças. Mas todo esse potencial acabava limitado pela obrigatoriedade de identificação visual do alvo em caso de combate real.
          No entanto, sem a capacidade de acerto a longa distância conferida pelos Phoenix, o F-14 ainda é um caça formidável. Com os Phoenix ele era simplesmente sem paralelo, como indica a surpresa do piloto soviético de Foxbat, Viktor Belenko, ao perguntar: “Como alguém pode chegar perto disso?”
O F-14 fatiado
          O modelo básico do F-14 não possui a aceleração, razão de subida e capacidade de curva dos caças mais modernos, mas poucos atingem sua velocidade máxima: o número exato constituía segredo, mas Mach 2,34 não está longe da realidade. O único caça na época a atingir uma velocidade maior era o MiG-25, que, segundo se deduzia, voava a Mach 2,8. Consta que o F-15 chegava a Mach 2,5, mas só por breves instantes.
           A intenção original da Marinha era substituir rapidamente o F-14A, com turbina TF30, pelo F-14B, impulsionado por dois turbofans Pratt & Whitney F401, cada um com 12.745 kg de empuxo estático. O F401 seria testado em voo na 7ª e na 13ª unidades, tornando-se padrão da 68ª em diante e atingindo condição operacional em fins de 1973. Restrições nas verbas levaram ao cancelamento do projeto do F401, mas o impulsionador foi testado num F-14 em setembro de 1973.
          Pelo menos outras duas versões do F-14 foram propostas com base no turbofan F401. Os detalhes oficiais nunca vieram a público, mas sabe-se que o F-14C seria um aparelho com eletrônica aperfeiçoada, ao passo que o F-14D receberia otimizações com vistas ao combate a curto e médio alcance, combinando a turbina F401 com radar mais simples, célula despojada e sem mísseis Phoenix.
          Como o F-14 se beneficiaria de turbinas mais potentes, a Marinha dividiu com a Força Aérea os custos de desenvolvimento de um impulsor com 13.150 kg de empuxo, o General Eletric F101DFE, baseado no F101 dos protótipos de bombardeiro de geometria variável Rockwell B-1. O F101DFE foi testado em cco no General Dynamics F-16 da Força Aérea e no F-14 da Marinha. Resultou o “Super Tomcat”, que voo pela primeira vez em 14 de julho de 1981.
          Existiram trabalhos no sentido de se aperfeiçoar o míssil Phoenix, primeiramento com o modelo AIM-54C, que tem processador digital de sinais programável, transmissor/receptor de estado sólido, piloto automático digital e um novo tido de detonador de proximidade. Uma continuação na forma do “Phoenix X” encontrava-se em andamento em 1985.
O F-14A com o casulo TARPS
          Alguns F-14 da Marinha carregam casulos de reconhecimento, substituindo temporariamente os Rockwell RA-SC Vigilante e Vough RF-8G Cruzader. Montado no ventre da aeronave, o fuso tem o nome de TARPS (Tactical Airborne Reconnaissance Pod System, Sistema Tático de Casulo de Reconhecimento Aéreo). Contém uma câmera KS-87B, uma panorâmica KA-99 e um varredor infravermelho AAD-5. Em meados dos anos 80, estavam previstos seis casulos-protótipos e 48 de série, para equipar 49 F-14A, resultando assim três F-14/TARPS por segmento aéreo embarcado.
O TARPS pod em corte
          O F-14/TARPS executa sua missão de reconhecimento carregado com todos os mísseis, uma demonstração de sua notável versatilidade. Segundo se previa em 1985, uma vez equipado com a turbina F101DFE, o Tomcat da Marinha estadunidense continuaria competitivo por muitos anos, não se conhecendo na época outro caça que igualasse sua incrível capacidade de interceptação a longa distância.
          O F-14A  permaneceu em serviço desde 1972, praticamente sem modificações, com exceção de pequenas melhorias, mas, em 1988, o primeiro F-14A Plus – essencialmente um F-14A  com turbofans Genenral Eletric F110 – entrou em serviço. O novo motor produzia mais potência, permitindo a decolagem de porta-aviões seja feita sem pós-combustão, aumentando o tempo de patrulha em uma margem considerável e trazendo a carga de empuxo/peso de combate para perto da unidade para torna-lo, sem dúvida, um dos caças mais formidáveis em serviço em sua época.
          Após a entrega de 41 unidades do F-14A Plus, a produção mudou para o F-14D, com um radar Hughes APG-71 e a mais recente instrumentação digital da época. A entregas do F-14D começaram em 1990.
          Apesar de suas fantásticas qualidades, a ficha de combate do Tomcat não é nada especial, tendo tido participação efetiva em combate somente durante a Guerra do Golfo em 1991.
O F-14 sendo preparado para combate. Repare que a equipe necessária
para manter uma aeronave em condições, fora as demais equipes do CONVOO.

         A participação do F-14 na Operação Tempestade no Deserto em 1991 consistiu de Patrulha Aérea de Combate (CAP - Combat Air Patrol), sobre o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico e as missões sobre terra consistiam de escolta de ataque e reconhecimento. Até os dias finais da Tempestade no Deserto, a superioridade aérea sobre o país ficou a cargo dos F-15 Eagle da USAF, com as Ordens de Tarefas Aéreas (Air Tasking Orders - ATO) delegando o sobrevoo primário de CAP para os F-15 Eagle. A governança das Regras de Combate (Rules of Engagement - ROE) também ditaram a estrita Identificação de Amigo/Inimigo (Identification Friend or Foe - IFF) como requerimento para enfrentamento além do alcance da visão, restringindo o uso dos AIM-7 Sparrow e particularmente do AIM-54 Phoenix. Isso coibiu o uso da mais poderosa arma de combate do F-14. Além disso, as fortes emissões do radar AWG-9 são detectáveis a grandes distâncias por receptores de aviso de radar. Os caças iraquianos se retiravam tão logo "acendiam" os Tomcats em suas telas pelas emissões do AWG-9. A US Navy sofreu somente uma perda de F-14 por ação do inimigo em 20 de janeiro de 1991, quando BuNo 161430, um F-14A modernizado para F-14A+, da VF-103 foi alvejado por um SA-2 míssil superfície-ar enquanto escoltava uma missão próxima a base aérea iraquina de Al Asad. Ambos os tripulantes sobreviveram ao ejetar, com o piloto sendo resgatado pela USAF Special Forces e o RIO capturado pelos iraquianos foi POW (Prisoner Of War - prisioneiro de guerra) até o final da guerra. O F-14 também amealhou sua última morte, um helicóptero Mi-8 Hip, alvejado por um AIM-9 Sidewinder.

         Enquanto o F-14 foi desenvolvido como uma alternativa leve 'as 80.000 libras (36.000 kg) do F-111B, o F-14 ainda foi o maior e mais caro caça de seu tempo. VFAX foi revivido durante os anos 70 como uma solução de baixo custo para substituir as frotas de F-4 e A-7 da Marinha e dos Fuzileiros Navais. VFAX foi direcionada para rever os caças da competição de Caças Leves da USAF, o que levou ao desenvolvimento do F/A-18 Hornet, a grosso modo, uma aeronave de tamanho médio de combate e ataque. Em 1994, o Congresso rejeitou as propostas da Grumman para a Marinha para atualizar o Tomcat além da versão D (comoa o Super Tomcat 21, uma versão mais barata de ataque rápido, e o mais avançado Attak Super Tomcat 21). Enquanto isso, a Marinha decidiu retirar o F-14 de serviço e escolheu o F/A-18E/F Super Hornet para assumir a defesa da frota e ataque, aposentando definitivamente o F-14. Os últimos dois esquadrões de F-14, o VF-31 Tomcatters e o VF-213 Black Lions, procederam sua última aterrissagem na  Base Aérea Naval de Oceana em 10 de março de 2006.

A última missão de combate de um F-14 estadunidense foi completada em 8 de fevereiro de 2006, quando um par de Tomcats aterrisaram abordo do USS Theodore Roosevelt (CVN-71) após despejar uma carga de bombas sobre o Iraque. Durante seu comissionamento final com o "the Big Stick", a VF-31 e a VF-213 coletivamente completaram 1.163 missões de combate variadas totalizando 6.876 horas de voo, e despejando 4.300 kg de armamento durante missões de reconhecimento, vigilância e missões de suporte aéreo aproximado da operação Iraqi Freedom.

         O último F-14 decolou de um porta-aviões, o USS Theodore Roosevelt, em 28 de julho de 2006, pilotado pelo Lt. Blake Coleman e Lt Cmdr Dave Lauderbaugh como RIO.

O XP-14F Skystriker


          O Skystriker XP-14F é uma aeronave de estrutura alar variável que foi lançada em 1983, embalada junto com seu piloto, Ace. Foi apresentado com um par de cada dos mísseisde S3 Sidewinder, S3 Sparrow e S3Z Phoenix, dois assentos ejetores que atuavam com paraquedas e um canhão E-81 Aero Vulcanan. . Posteriomente ele foi representado em preto e vermelho como o Night Boomer, para a Night Force em 1989.
          A primeira aparição nos quadrinhos foi na edição Nro 14 de GI Joe publicada pela Marvel Comics. Foi o foco central da edição Nro 34 quando Ace trava um acirrado dogfight com Wide Weasel em seu Rattler, com nenhum dos dois conseguindo a vitória. Aparece diversas vezes relacionado ao USS Flagg, o porta-aviões ficcional comissionado para o GI Joe. Vários deles são perdidos no convés quando a embarcação é atingida por um tsunami por ocasião do surgimento da Ilha Cobra. Sua aparição final é da edição Nro 115, quando Ace é apresentado para o novo e mais sofisticado X-16 Ghoststriker.
          Quando a série animada foi lançada em 1985, o Skystriker era o único caça da equipe. Era pilotado por qualquer membro qualificado até a segunda temporada, quando o X-30 Conquest foi lançado em conjunto com alinha de brinquedos. Embora seja inspirado diretamente no Grumman F-14 Tomcat, era raramente associado com a aeronave da vida real nos cartoons e quadrinhos, como no episódio "The Wrong Stuff", quando vários Skystriker são modificados para... viagens espaciais!!!!!
          O Skystriker também foi apresentado em 1985 no jogo de computador do GI Joe.
          Uma versão atualizada do original foi lançada em 2011, apresentando um retrabalho em relação ao original, mas com somente um assento, um monoplace, e com a nova designação XP-21F com as palavras do nome separadas, Sky Striker na caixa. O cinza dessa versão é mais escuro que do original. Em 2012, uma versão recolorida foi lançada inspirada no Starscream dos Transformers para a San Diego Comic Con e em 2013 uma vesão preta, um novo Night Boomer para a convenção de 2013 e uma versão Autobot do Jetfire para a San Diego Comic Con daquele ano.
          Olhando para o histórico do F-14 fica óbvia a razão por tal aeronave ter sido a inspiração para o Skystriker. Nenhuma aeronave no mundo se comparava a ele na época. Até mesmo a configuração de armas padrão foi utilizada, com 3 pares de mísseis: curto, médio e longo alcance, além dos canhões.VI 
          O mais interessante é saber que o tanque sob a fuselagem, que sempre foi tido com um tanque de combustível adicional é, na verdade, uma versão do TARPS para reconhecimento, e pelo blueprint original, um outro sistema Vulcan de gatling gun, cal .50.

          Possivelmente, foi a escolha de um caça naval que incentivou criação de o lançamento do USS Flagg, em sua época o maior playset de brinquedo já lançado no mercado mundial (e talvez ainda seja, não tenho notícia de um maior). Ambos, o caça e o porta-aviões classe Nimitz, eram o retrato da supremacia militar estadunidense nos anos de 1980 e 90 e imortalizados no cinema pelo filme Top Gun, de 1986.

          Outra curiosidade quando da apresentação da aeronave nos quadrinhos é o fato de estar em uma base aérea naval e seu piloto, mesmo sendo um GI Joe, é oriundo da USAF. Há certa rivalidade entre os pilotos navais e os pilotos "de terra", pois sempre se diz que é muito mais perigoso aterrizar sobre o porta-aviões em movimento do que numa pista estática, o que necessita de mais treino e habilidade.

           Enfim, o Super Caça Bombardeiro que, curiosamente não época não efetuava missões de ataque ao solo de apoio aéreo aproximado, portanto não poderia se chamado de "bombardeiro" (inclusive por nenhum dos seus armamentos guiados ser ar-superfície), foi o desejo de muitos garotos nos anos 80 (eu, incluso) e se tornou o desejo de colecionadores. Achar um com o para-quedas e os adesivos originais é o desejo de muita gente. 

          Na infância não pude ter nenhum. Hoje eu tenho 5. 




[i] O transcritor optou por substituir o termo “Marinha Americana” por US Navy ou por Marinha Estadunidense pela crença pessoal de que todos os habitantes nativos das Américas são americanos. Assim, chamamos os estadunidenses pelos que eles são: naturais dos Estados Unidos. Quando outras forças e instituições foram citadas, será usado o mesmo critério.
[ii] O transcritor optou por usar a tradução “pós-combustores” em vez de “pós-queimadores” pois os bons filmes da época assim chamavam os “after burners”.
[iii] Cada “G” é referente a “uma gravidade” da Terra. Um giro de 1G submete o piloto a uma vez a gravidade da Terra; 4G submete o piloto a 4 vezes a gravidade da terra. Isso ocorre pelo efeito da força centrífuga sobre o corpo do piloto.
[iv] Dois assentos, posicionados um atrás do outro.
[v] É notório que os pilotos de F-15 sempre tiveram muito orgulho de seus pássaros, às raias do ciúme. Bom, na verdade isso ocorre com todos os pilotos e suas aeronaves.
[VI] Lembrando que por nomenclatura, quando a metralhadora é de calibre 20 mm ou superior, recebe o nome de canhão e sua munição não é mais uma bala, mas uma granada. 

LMG - Light Machine Gun (Metralhadora Leve de Infantaria)


Rock'N Roll, nosso primeiro machine gunner

Texto original em 

O bom e velho M-60 na mão do Animal Mother


Quando suas tropas estão se movendo, o soldado na retaguarda tem, então, a tarefa de manter o inimigo com as cabeças baixas sob fogo de cobertura proveniente de uma metralhadora portátil. Esta é a tática básica da infantaria desde a Primeira Guerra Mundial e, hoje, a Metralhadora Leve de Infantaria (Light Machine Gun) é a ferramenta crítica da guerra moderna usada mundo afora. Entretanto, parece que a ficção científica não leu o memorando e as LMGs permancem como um dos mais esquecidos elementos de combate básico da infantaria na parte militar das histórias de sci-fi. 

O que são as LMGs e seu nicho de combate?


Uma M-249

Desde a Primeira Guerra Mundial, as LMG estão disponíveis em pequenas unidades de infantaria para ter-se uma arma primária portátil para prover suporte de fogo automático para o esquadrão, obrigando o inimigo a se abrigar e possibilitando à infantaria a aproximação com o inimigo.  Estas armas são alimentadas por cinta ou carregador e normalmente usam os mesmos cartuchos que os fuzis de assalto. Em combate, as metralhadoras formam a espinha dorsal ofensiva-defensiva de qualquer operação, provendo cobertura de fogo em grande volume.

A História das Metralhadoras Leves

Canhão-Órgão Ribauldequin

Desde o Século 3, a humanidade busca desenvolver uma arma portátil de fogo rápido que pudesse abater múltiplos inimigos em campo de batalha. Primeiro, as lançadores de flechas industriais do Império Romano, até a chegada do chamado "canhão-órgão", ou Ribauldequin, do Século 13. Era um arco de canos montado sobre uma carroça ou carreta para agir como artilharia de saraiva e, mesmo Da Vinci, teve seu canhão-ventilador. Contudo, estas armas não eram realmente portáteis ou mesmo eficazes, seja pela precisão ou pelo tempo de recarga. Um bom número de diferentes desenhos foi baseado nesse princípio básico do fogo de saraiva e usado por centenas de anos.

Puckle Gun

A próxima evolução da metralhadora veio com o desenvolvimento do Puckle Gun em 1718 por James Puckle, que tinha um quebra-mão, sendo basicamente um fuzil de pederneira (flintlock) de cano único montando em um tripé, mas alimentado por um sistema de cilindro, limitando a Puckle Gun a 11 disparos. Todavia, se estivesse com todos os cilindros pré-carregados, ela poderia servir como suporte ou uma arma de fogo pesada. A outra única particularidade apresentada pela Puckle Gun era o cilindro podia disparar bala redondas ou quadradas, dependendo da religião do atacante. Os tiros mais "humanos" eram reservados aos cristãos e as selvagens balas quadradas para os hereges e muçulmanos (especialmente turcos). Era razoável que mais turcos se converteriam aos cristianismo para não sofrer ferimentos de balas quadradas. Conversações através de ferimentos de tiro são uma interessante maneira de aproximar-se para conversão religiosa...

Mitraileuse

Durante o século 19, armas como o Agar Gun, também conhecida como o moedor de café da Guerra Civil dos Estados Unidos, e a Mitrailleuse, arma dos anos de 1850, montada numa carreta com 25 canos de fuzil  13mm e operada manualmente, fazendo da Mitrailleuse uma arma portátil de fogo rápido, mas pouco mais que uma variante de artilharia grape-shot. A Mitrailleuse foi melhorada durante seu período de vida de mais de 40 anos para incluir 37 canos e viu seu uso limitado à Guerra Franco-Prussiana. Apesar da falta de uso durante seu tempo de serviço, a Mitrailleuse pode ser sido a primeira arma de fogo rápido a carregar o nome de "metralhadora". O que matou a Mitrailleuse e veio a ser o padrão mundial, foi a estadunidense Gatling Gun. 

Gatling Gun

Estranhamente, o Dr. Gatling imaginou seu repetidor tão efetivo que ele poderia evitar futuras guerras... sim, o que não aconteceu. Estanhamente, mesmo após o Union Army ver a demonstração, eles não ficaram impresisonados, apesar da situação currente com a Guerra Civil e de não existir nada como a Gatling Gun naqueles tempos. Uma das razões foi o vasto número de calibres usados pelo Union Army e a Gatling Gun seria apenas mais uma  arma para alimentar e era grande, pesada (cerca 1000lbs -algo em torno de 454kg) que não tinha o alcance de uma peça de artilharia e... era muito nova! As poucas que foram usadas durante a Guerra Civil o foram de forma defensiva e muitos historiadores não acreditam que fez muita diferença. Entretanto, foi uma febre no mercado internacional e usada pelo US Army durante as Guerras Índias, mas não até Little Big Horn. Durante a expansão colonial britânica, as Gatling Guns, navais ou baseadas em terra, foram usadas para suprimir as tribos nativas, especialmente nas Guerras Zulu.

Metradora Maxim

Mas todas estas armas de fogo rápido eram operadas a mão, por homens, e isto durou até 1884, quando a primeira metralhadora de verdade foi desenvolvida por Hiram Maxim, após uma viagem de tiro, quando ele imaginou se a energia do recuo poderia ser usada para potencializar um mecanismo de recarga. Esta arma de fogo rápido era alimentada por sistema de cinta e apresentada com a marcante jaqueta de água para resfriamento do cano que veio a ser um sucesso global, e logo foi empregada nas operações de supressão das tribos nativas pelas nações europeias. Muitos acreditam que a metralhadora foi usada primeiramente nos campos barrentos da Primeira Guerra Mundial, entretanto, credita-se que seu primeiro uso em combate foi durante a Primeira Guerra Matable em 1893-94, pelos britânicos na Rodésia. O primeiro conflito em larga escala que testemunhou o uso da metralhadora, foi a versão britânica da Maxim, a Vickers (em calibre .303), durante a Segunda Guerra Boer (1899-1902). Não somente a Maxim foi devastadora contra o velho estilo de guerra da infantaria, quando soldados se punham em linha e trocavam fogo, mas também teve um efeito que quebra do a moral e vontade de combate do soldado. Mas nem tudo foram rosas e sol... a expansão do bronze fazia a Maxim emperrar durante o combate e fazia grandes nuvens de fumaça quando disparada.


Metralhadora Vickers


Quando a precisão falhou em matar o inimigo, a mera visão e o som do fogo da metralhadora, direcionam o inimigo do campo de batalha. O grande fabricante de armas estadunidense John Browning, desenvolveu a sua própria leve, refrigerada a ar, metralhadora em calibre .30-06, a M1895 Colt-BRowning, também conhecida como "escavador de batata" por conta da oscilação da alavanca de manejo. Enquanto foi usada pelo US Army por um limitado período de tempo durante a Guerra Espano-Americana, foi substituída pela Maxim construída pela Colt. Mas um elemento crítico foi esquecido em todas essas primeiras metralhadoras: portabilidade. Metralhadoras desta época são portáveis somente por uma equipe ou mesmo por um animal de carga e requeriam vários soldados para operá-las. O mecanismo também sofria com o uso de calibres desenhados para fuzis, o que aumentava o força do recuo da arma. A primeira metralhadora leve militar foi de 1902, a dinamarquesa Madsen LMG, que usada um carregar do tipo caixa no alto da arma, similar a britânica Bren LMG, mas ela se limitou muito a sua nação lar. Para a adoção das LMGs se espalhar por muitas organizações militares para se manter, foram necessários os brutais combates da Primeira Guerra Mundial. 


Metralhadoras da Primeira Guerra Mundial eram frequentemente usadas fixas e difíceis de mover, usadas posições defensivas e de suporte, mas repeliam pesadas levas de soldados, que frequentemente sangravam até tornar o solo vermelho. Quando soldados do front ocidental estavam prontos para capturar uma trincheira inimiga, eles levavam para se defender somente o que podiam carregar cruzando a terra de ninguém. Isso deu projeção à armas como a CSRG M1915, um fuzil automático, ou a Chauchat. Esta arma de aparência estranha disparava ambos os cartuchos, o francês 8x15mm e o estadunidense .30-06 através de um carregador aberto em forma de crescente e apresentando empunhaduras verticais para as mãos  e ainda um bipé, Graças ao baixo peso, a Chauchat era facilmente carregada em batalha , suportando o assalto de trincheira a trincheira e foi uma das únicas LMGs no campo de batalha da Europa. 


Isto fez com que a Força Expedicionária Americna de 1917 adotasse rapidamente a arma francesa mas havia menos braços disponíveis do que no início do envolvimento estadunidense, mas foi logo substituída  pelo excelente BAR em 1918.nos meses finais da guerra. Muitos historiadores consideram a Cahuchat a pior arma adotada para serviço no US Army, dado o design do carregador aberto, a arma era facilmente emperrada, pobre na qualidade de fabricação o que significa que partes de uma Chauchat não era intercambiável para outra.


Infelizmente o azarado que era forçado a usar uma Chauchat subpadrão, os britânicos tinham sua própria LMG para o front ocidental, a .303 Lewis Gun. Esta arma era refrigerada a ar, alimentada por um carregador em forma de disco no alto da arma, e era facilmente portável em condições não ideais. Essa arma pode ser vista em ação nos céus tanto quanto nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial, enquanto a Chauchat apodrecia em aterros. 


Metralhadoras como base da infantaria se tornaram o marco no comabte por terreno na Segunda Guerra Mundial com armas como o BAR, a M1919 Browning e a alemã MG42. A Segunda Guerra mundial foi o teste de como as metralhadoras viriam a ser incorporadas no teatro de guerra moderno, com armas como o BAR provendo o conceito de LMG, mas esta era limitada pelo peso e pelo carregador de pequena capacidade ( o do BAR somente carregava 20 cartuchos .30-06), então nos temos metralhadoras mais tradicionais, a M1919 e a MG42 por exemplo, que ofereciam mais poder de fogo para surpimir os alvos, mas requeria uma equipe para montá-la e carregá-la através do campo de batalha. E o que era necessário, era uma arma como a BAR, mas com a eficiência da MG42.


Pela época da Guerra do Vietnã, a metralhadora leve de infantaria estava totalmente integrada ao seu ambiente. Armas como a estadunidense M60 e a russa PK era apontadas uma para outra em densas e quentes florestas no Vietnã, uma era filha do AK desenhado por Mikhail Klashnikov, a outra baseada na MG42. Enquanto ambas conviviam na guerra, problemas eram noticiados, nominalmente o própria arma e a munição.Essa foi uma das razões que fizeram os fabricantes e projetistas a projetarem armas em calibres menores, como o 5.56mm, tanto como munição metralhadoras como de fuzis de assalto, em armas como o H&K H21 e o RPK.


Pela década de 70, países começaram a adotar estas novas mais leves LMGs, mas agora as chamando de Armas Automáticas de Esquadrão  (Squad Automatic Weapon - SAW), alimentadas por cintas de cartuchos mais leves, do mesmo calibre usado por seus fuzis de assalto. Em adição a estas LMGs, vieram aquelas baseadas em fuzis de assalto, o conceito de família de armas, como a Steyr AUG LMG, a Stoner 63 usada pelos SEALs no Veitnã (esta é uma versão atualizada da Knight Armament). Durante as guerras gêmeas no Iraque e no Afeganistão, a LMG padrão dos EUA, a SAW, foi encurtada para uma versão pára, que agora tem o tamanho de um fuzil de assalto, finalmente se tornando uma metralhadora realmente portátil pelo soldado em qualquer situação.

Metradoras Leves de Infantaria VS Metralhadoras Pesadas VS Metralhadoras de Uso Geral



Metralhadora é um termo geral que pode significar (na média, claro) qualquer tipo de arma de fogo totalmente automático. Entretanto, para muitos militares e gamers, uma metralhadora é uma arma designada para despejar o máximo de projéteis ao alcance e com grande volume de fogo e, em comparação, temos três diferentes tipos de metralhadoras: a leve, a de uso geral e as pesadas. Metralhadoras leves são normalmente alimentadas por carregador ou cinta, são portáteis e usadas no combate de infantaria, disparando o mesmo cartucho que o fuzil de assalto padrão. No meio, entre a metralhadora leve e a pesada, temos as Metralhadoras de Uso Geral (General Purpouse Machine Gun - GPMG), que em geral é alimentada por cinta e usada pontos fixos, com a infantaria tradicional, arma de porta, montada em veículos ou em reparos, como tripés. A M60 estadunidense, a alemã MG42 ou a russa PK são bons exemplos de metralhadoras de uso geral. 


Enquanto a metralhadora leve a de uso geral são muito similares, as metralhadoras pesadas são animais completamente diferentes, que disparam cartuchos acima do 12mm de calibre e abaixo dos 20mm. Estas são usadas como fogo antiaéreo e montadas em suportes para fogo pesado. Bons exemplos são 12,7mm (.50) Browing M2 e a russa DShk. Quando uma metralhadora calça um calibre de 20mm ou superior, elas são consideradas canhões automáticos, como o US XM307, arma servida de tripulação de 25mm. Vale informar que os cartuchos de 20mm ou superiores já não são mais designados como projétil simples e sim de granada. Então um canhão automático de 20, 25 ou 30mm dispara uma granada e não uma bala.

A Equipe Metralhadora



Durante a Segunda Guerra Mundial, metralhadoras eram tratadas mais como artilharia móvel, frequentemente colocadas em posição não-móvel, a infantaria frequentemente cedia de quatro a seis soldados para servir uma única metralhadora (especialmente na Primeira Guerra Mundial). Tínhamos soldados para carregar a arma, para trocar os canos quando do aquecimento ou encher de água os tanques-jaquetas das armas refrigeradas a à água, uma para comandar e vários para prover segurança. Hoje, embora não sejam tão comuns quanto costumavam ser, tia equipes ainda existem, sendo conhecidos como times de arma, agora são usados nas armas pesadas disponibilizadas para a unidade. Hoje, metralhadoras leves são designadas a esquadrões de soldados, sendo um soldado designado a outro como suporte, artilheiro backup ou carregar munição extra.


Durante a Guerra do Vietnam era comum muitos membros do esquadrão carregarem de 100 a 200 cartuchos de metralhadora em cintas prontas para uso para suporte do montante de fogo. Não há mais tanto lugar para as LMGs státicas no campo de batalha, mas somente no meio da ação. Com as LMGs sendo mais leves e compáctas, artilheiros ficaram disponíveis para estar no meio da ação, dando suporte direto ao esquadrão.
O operador da metralhadora será armado com uma arma secundária ou uma PDW (personal defense weapon - arma de defesa pessoal, normalmente uma pistola ou carabina) para sua própria proteção e, mesmo, muitos deles tem vários outros soldados designados para a segurança do artilheiro. E poderia-se notar que o papel crítico desempenhado pelas equipes de metralhadora as tonam algos prioritários de muitas forças de ataque, e um dos piores momentos para usar a LMG é à noite, quando o flash quase estroboscópico dos disparos cega os operadores e expõe suas posições. Equipes de Metralhadores são apresentadas até em Star Wars - O Império Contra Ataca, quando os storm troopers atacam a base em Hoth e montam um Repetidor E-Web que requer uma crio-unidade de refrigeração externa e um gerador. 

Terminologia das Metralhadoras


Grazing Fire- LMG é posicionada de 30cm a 1,2m do solo.
Final Protection Fires (Posição de Fogo Final)- Quando o inimigo está prestes a tomas a posição e a equipe da metrlhadora é usada para impedir essa ação tanto quanto for possível.
Final Protection Line (Linha de Proteção Final) - Criar uma linha a partir do fogo de metralhadoras, criando uma "parede de chumbo".
Beaten Zone (Zona de Espacamento)- Onde os projéteis da metrlahadoras caem.
Cone of Fire (Cone de Fogo) - O caminho de saída dos projéteis impactado pelo recuo da arma.
Plunging Fire (Fogo em Mergulho) - Quando metralhadoras são disparadas de um terreno em desnível.
Traverse & Elevation Fire - Fogo transversal e de Elevação
Frontal Fire (Fogo Frontal) - A equiepe da metralhadora é colocada diretamente de frente para o inimigo, abrindo fogo de metralhadora em resposta direta ao fogo inimigo.
Flanking Fire (Fogo de Flanqueamento)- A equipe da metralhadora dispara diretamente de um dos lados (flancos) do inimigo, uma das melhores posições durante o combate.
Oblique Fire (Fogo Obliquo) - Quando a equipe da metralhadora despeja fogo no inimigo de um ângulo elevado.
Enfilade Fire (Fogo Enfileirado) -Quando o inimigo está numa fila de siga-o-líder tão perfeita que uma bala pode passar por ela de ponto-a-ponto. De acordo com um site especializado no assunto, esse é o sonho molhado de todo artilheiro.

O Futuro das LMGs




Para aqueles como nós mal podem segurar um LMG, podemos apenas imaginar como é carregar uma por milhas e horas, com o peso da arma, acessórios e as caixas de munição. Quando "a merda voa" a LMG, enquanti extremamente útil, pode não ser tão boa em peso e manobrabilidade, especialmente em condições de combate aproximado. Atento a isso, o militares estadunidenses estão priorizando o desenvolvimento de metralhadoras similares em tamanho e peso a fuzis de assalto, estranhamente voltando mais ao conceito da LMG estadunidense original o, o BAR, em algumas formas. A arma que está sendo testada e o peso leve das armas pessoais e tecnologia das metralhadoras leves, a LSAT LMG. Em 2004, os militares do EUA propuseram que os fabricante de armas projetassem uma metralhadora e munição ainda mais leves. A AAI Corporation, um divisão da Textron, criou um protótipo que foi desenhado em computador, baixando o peso da LMG em 43% da SAW padrão.


Em adição à redução de peso, enquanto mantinha o mesmo sistema de operação da SAW, surgiu uma munição mais leve também. A AAI testou duas versão da LSAT LMG, uma disparando projéteis sem estojo, do tipo testado pelos militares dos EUA desde os anos 80, e outra disparando projéteis de estojo de polímero em vez de latão. Os resultados foram promissores quando os protótipos foram testados por 20 homens do serviço militar ativo contra o Mk.46 SAW em 2011. O destino da LSAT LMG ainda é incerto, alguns o veem como tecnologia avançada de armas de fogo, e outrso que os novos tipos de munição, como as telescópicas e sem estojo. Com o tempo, o papel das LMGs deverá ainda ser o mesmo, servindo como poder ofensivo e defensivo em pequenas unidades de infantaria, e náo deve sofrer grandes mudanças a menos que o USMC aprove o uso das munições sem estojo para seu projeto de LMG. Nos últimos anos , houve avanços na tecnologia da redução de recuo, aumentando muito a precisão, diminuindo o peso e continuando a usar ambos o sistema de alimentação, cinta ou carregador.



Muito mais parecidas com fuzil de assalto, as LMG apresentam trilhos para fixação de miras, suportes e outros acessórios, bipés e suportes esportivos, entretanto, alguns artigos apontam para tecnologias experimentais de sistemas de mira computadorizados, como as Smart Guns de ALIENS - O Resgato. Com o conceito de família de sistema de armas se tornando popular, com a LMGs sendo baseadas em um fuzil de assalto base, surgiram exemplares com o desenho bullpup. É possível que um futuro próximo, LMGs usarão munição sem estojo em carregadores tipo "cassete" ou mesmo em tambores helicoidais, tipo caraco, para recarga mais rápida e grande capacidade de munição, além do típico carregador, e reduzindo mais o peso e as tornando mais compacta. Esta exploração da munição sem estojo para as LMGs faz sentido: o protótipo da metralhadora G11 pode ter 300 cartuchos calibre 4.73x33 em um único cassete, feito para recargas muito rápidas. É possível imaginar as LMG ultrapassando os tradicionais fuzis de assalto. 

Aplicações Militares Futuras das LMGs



Eu (o autor original) desenvolvi esta seção do blog certa para ajudar a escritores de Sci-Fi Militar com a incorporação de determinados conceitos para o mundo do combate futurista, e isso é fácil. Mesmo quando alcançar as estrelas, e lutar entre elas, haverá ainda uma arma de apoio, e não há obra de ficção científica militar séria que descreva o combate de infantaria se faltar alguma arma  do tipo LMG. O fato é que as unidades de infantaria, como as de hoje, irá operar em partes remotas, fora do nosso mundo, onde as condições do apoio de fogo pesado precisam estar disponíveis de imediato, e poderia ser uma metralhadora leve ou algo semelhante. Para o seu plantel futuro de marines badass ser crível, eles vão precisar de algumas metralhadoras, mesmo que disparem plasma, raios laser da morte, ou discos de hóquei alta velocidade, é necessário que haja uma arma de apoio. E, por favor, pelo amor dos Senhores de Kobol, não siga o exemplo Killzone e monte um lançador de foguetes de fragmentação sob a sua metralhadora!

Sistemas de Alimentação


Cinta de Cartuchos (cinta de balas)


A mioria das LMG usadas hoje, das mesma maneira que suas primas mais pesadas, usa cintos de munição de elos desintegráveis. A cinta de elos desintegráveis é a preferida como método pela grande capacidade de munição, possibilitar rajadas longas e causar menos emperramentos que os sistemas de carregador. Originalmente, estas cintas era feitas de tecido grosso, brim ou lona. possibilitando que esses cintos fossem recarregados. Ao contrário das versões iniciais da munição lincada, hoje os elos se quebram quando o estojo é ejetado, então a munição já tem sido fabricada com os elos, fazendo com que vários membros do esquadrão carreguem munição extra em seus pacotes de equipamento. Atualmente, os EUA estão experimentanto um sistema de alimentação por mochila... Predador? Rock`N Roll? Heavy Duty? Vemos essas mochilas desde os anos 80 e só agora os caras a testam em campo? Vai entender...

Alimentação por Carregador



Menos popular é o método de alimentação por tambor ou carregador beta-c, seja no layout tradicional ou bullpup. É o mais usado em LMG variantes de famílias de fuzis de assalto, como o SCAR, XM8, G36, Steyr AUG e SA80. Alguns acreditam que esta é forma mais portátil de LMG e a mais fácil para os soldados usarem dada a similaridade com os fuzis de assalto. Entretanto, em emperramentos são uma desvantagem além adicionar mais peso e diminuir a capacidade, enquanto o maior carregador suporta 100 cartuchos enquanto uma cinta de balas tem 200.

Alimentação por Cassete

Durante o desenvolvimento do G11, fuzil sem carregador para o Exército da Alemanha Ocidental, a Hecker Und Koch criou duas variantes da a arma principal: a pistola G11 PDW e a metralhadora H&K, visionando uma LMG que pesaria menos de 7kg com uma caixa de 300 cartuchos sem estojo em calibre 4.73x33mm. Com poucas partes de informação nós temos uma LMG variante do G11 que seria carregada via uma caixa cassete na parte de trás da arma fazenda dela um semi-bullpup, o que tornaria a LMG11 umas das mais rápidas armas, no quesito recarga, no negócio de metralhadoras leves. Em adição à recarga rápida, o cassete seria mais leve que uma caixa de munição 5.56mm, além de ser mais fácil de transportar. O cassete de alimentação para LMG poderia ser o melhor sistema, contra os métodos tradicionais mencionados acima e poderia levar governos a adotar LMGs alimentadas somente por cassetes.


Infelizmente, há pouca informação sobre a LMG11, inclusive se houve um protótipo funcional para disparos. David, um dos consultores do FWS (blog com a matéria original que nos serviu de base), lembrou que havia um cordão que atravessava a munição de cartucho sem estojo, para atuar como um cinto, alimentando as disparos, e este cordão saia pela seção dianteira da arma.

Quanto aos G.I.Joes...

Vários são os integrantes do G.I.Joe que portam LMGs ou GPMGs ou mesmo HMGs. Desde os primeiros 13 personagens, temos o Rock`N Roll, com uma arma que era um misto de M60 e MG42 que nunca conseguimos identificar realmente o que era. Quando sua versão 2 surgiu usava duas mini-gatling guns, legais mas absurdas. 


Na minha versão custom optei por usar uma M60E3, versão mais moderna da tradicional M60, em cal. 7,62mm OTAN. Ela se destaca por ser mais curta que a original e ter algumas melhorias no mecanismo de disparo que reduz as falhas mecânicas. Ainda tem o sistema de troca rápida de canos para evitar o superaquecimento e a cinta de balas pode ser acondicionada em uma caixa lateral envolta em lona mais pratica para alimentação, que muitas vezes pode ser presa ao cinto NA para reduzir o esforço de carregar a arma em longas caminhadas.

A M60E3 e a M60E4 hoje são usadas mais por Forças Especiais, como os SEALs e outra unidades, como a Força Delta, e são preferidas pela força adicional do calibre 7.62mm comparado com o 5.56mm usado na Minimi M249. 

O novo padrão de camuflagem do tipo digital adotado pelo US Army foi a inspiração para a pintura da figura, incluindo algumas ideias de equipamento usado atualmente nos teatros de operação onde os EUA atuam atualmente.

Um detalhe: o nome Rock'N Roll não vem ao acaso da música, mas sim da gíria da Guerra do Vietnã quando os soldados disparavam o M-16 ou o M-60 em fogo automático. No calor do combate, na nora de mandar ver, era só tocar o Rock'N Roll e despejar toda munição possível no inimigo, fogo de supressão total.


Depois tivemos Roadblock, que em sua versão 1, estava armado com sua M2 Ma Duce  Browing .50. Uma metralhadora pesada que pelo peso da arma e da munição só se usa em reparo tipo tripé, sobre veículos ou posições fixas, por conta de seu calibre antiaéreo. 

Sua versão 2 veio com algo um pouco mais plausível, uma FN MAG, também em calibre 7,62mm, essa sim uma autêntica metralhadora de uso geral. 

Ambas as versões traziam tripés, o reparo mais adequado para esse tipo de arma. 

Para a versão custom, optei pela versão estadunidense da FN MAG, a M240, hoje a padrão como metralhadora de uso geral que substituiu grande parte das M60 do US Army.

A escolha de um camuflado urbano veio por conta da escolha de cores da figura original, onde a calça cinza e o tipo de colete tem um apelo urbano mais claro do que um tendencia ao combate em selva para era esperado na época da criação da figura, além de o combate urbano aproximado é tido como a tendencia do combate moderno, quando se prevê que os conflitos futuros, conforme as recentes contendas confirmam, se darão por ruas e ocupação casa-a-casa de unidades urbanas.
O personagem Pathfinder se apresentava originalmente como um combatente de selva e trazia duas metralhadoras inspiradas na M1919 refrigerada à ar, em cal .30-06. Essa arma, embora eficiente e visualmente apelativa, está em desuso há muitos anos e, embora já incuta a ideia de alimentação por fita direta de uma mochila, não parecia a maneira mais prática de se trabalhar o ofício. 

Para versão custom pareceu melhor usar uma arma mais moderna, por isso uma versão marauderinc do Vltor TS3 curta com com carregador do tipo tambor pareceu mais visual, incluindo a pintura da própria arma para o ambiante de operação. A camuflagem da figura ficou melhor no tradicional, puxando levemente para o tigrado da LRRP do período do Vietnã.

E o último metralhador que produzi foi o próprio Heavy Duty.

Originalmente, a figura trazia um conjunto de armas totalmente fora da realidade de uso, com um conjunto de armas que parece com duas metralhadoras pesadas DShK e uma minigun M134 e suas devidas caixas de munição e mais dois lançadores de mísseis. Tal conjunto de armas além de pesadíssimo, não poderia, de forma alguma, ser utilizado de forma eficaz por um único elemento de infantaria. Difícil de mirar, de transportar e municiar, seria um pesadelo logístico ambulante, caso pudesse ser levantado do chão. 

Dessa forma, optei por datá-lo com uma Minimi M249 com a devida coloração em apoio a uma gatling gun. Embora a Gatling Gun seja pesada e elétrica, precisa de uma bateria pesada para ser acionada, pareceu mais estético que o modelo original.