domingo, 31 de outubro de 2021

Comandos em Ação - A Marca Registrada

 


 Comandos em Ação – De onde veio isso?

Existem teorias sobre a origem do termo “Comandos em Ação” por aí. Umas interessantes, outras bem estranhas. Mas vamos tratar de história e falar dos caminhos que levaram à criação da marca que conhecemos e amamos.

Primeiro, o que significa um comando?

A palavra comando tem origem na língua portuguesa, e foi atribuída para unidades militares que atuaram na Índia como tropas especiais de elite que tinham um comando autônomo, ou seja, liberdade de atuação imediata em campo. 

Só para lembrar, Portugal foi a primeira potência europeia a se instalar na Índia desde Alexandre, o Grande, e só deixou seus domínios na região em 1961, quando a Índia, como país unificado depois de sua independência dos britânicos em 1947, "requisitou" esses territórios de volta. 

Depois, durante as Guerras dos Bôeres[i] (1880-81 e 1899-1902), surgiu o termo Kommando para designar tropas que atuavam em pequenos destacamentos, que se deslocavam normalmente a cavalo, e lançavam ataques rápidos contra as tropas britânicas na África do Sul. 

Boer Kommando

Depois, voltou a ser utilizado durante a Segunda Guerra Mundial pelos britânicos para denominar os seus Commandos e suas atuações contra os nazistas, com sua estreia na Noruega. Os alemães criaram suas próprias tropas de kommando para atuar nesse conflito, em geral, unidades especiais de paraquedistas, como a que resgatou Mussolini.

Comandos Brintânicos - Segunda Guerra

Comando Britânicos - Segunda Guerra

Sonder Kommando alemão, logo após o resgate de Mussolini

 Hoje se entende que ações de comandos e ações de forças especiais tem funções diferentes. Forças Especiais podem executar missões de comando: inserções em território inimigo com propósito estratégico ou tático, uma missão específica, como o SEALs ficaram famosos por executar, como a caçada a Bin Laden. No entanto, essas forças especiais atuam geralmente em missões mais longas e estratégicas, como as que os Boinas Verdes são treinados para executar, como ações de guerrilha, insurgência e contra insurgência, operações de vigilância, contraterrorismo e uma série de outras ações. Missões de comando são realizadas por unidades menores, no geral, um esquadrão, enquanto missões de forças especiais podem ter muitas unidades e preparo envolvidas, muito embora uma ação de comando específica possa utilizar uma unidade bem maior, como foi feito durante a Segunda Guerra pelos britânicos (algumas ações famosas contaram com centenas de combatentes).

Então entendemos que todas as forças especiais têm treinamento e capacidade para executar ações de comando, mas nem todas as ações de forças especiais são ações de comando.

Para mais informações sobre comandos, sugiro duas leituras: o título Comandos – Os Soldados Fantasmas, da Editora Renes e o livro A História Secreta das Forças Especiais, da Larousse Brasil.


Agora ao que nos interessa: os Comandos em Ação.

Quando o Falcon foi lançado pela Estrela no Brasil em 1977 já vinha com suas inscrições na caixa: Comandos em Ação – Falcon. Inclusive a primeira chamada televisiva já trazia o bordão “Comandos em Ação orgulhosamente apresenta... Falcon!”,


 

Pra quem não sabe, o nosso Falcon é o licenciamento local do GI Joe no formato chamado muscle body, muito inspirado no GI Joe Adventure Team que havia surgido no começo dos anos 70. A Hasbro licenciou o GI Joe para onde pôde pois estava muito mal na época, realmente em vias de ir pro vinagre. Os EUA estavam também vivenciando uma crise econômica que, hoje, sabemos ser parte da conta da Guerra do Vietnã, fora a Crise do Petróleo[ii]. Foi um período mundial muito conturbado economicamente. E a Estrela era a maior indústria de brinquedos da América Latina e parceira de licenciamento de longa data da Hasbro, já tendo licenciado vários jogos e brinquedos.

Mas a Estrela não achou que o nome GI Joe seria mercadológico no Brasil para vender o boneco. Queriam um nome forte, de impacto, e que pudesse ser assimilado facilmente pelo público. Talvez o fato de GI Joe ser uma marca registrada da Hasbro e ser reconhecida aqui como propriedade desde 1965, também tenha ajudado pois, afinal, usar a marca GI Joe com certeza aumentaria os custos em royalties. Só saberemos desses detalhes com exatidão se algum dos envolvidos nessas decisões nos contar. Não é segredo que o nome Falcon veio de inspiração do jogador Falcão, um dos maiores volantes da história da Seleção Brasileira de Futebol. Ele estreou na Seleção em fevereiro de 76. A marca Falcon recebeu a licença no Brasil em 23 de julho de 1976. A marca foi registrada quase um ano antes do lançamento do brinquedo.

Para quem não sabe, nenhum brinquedo chega no mercado com menos de 6 meses de planejamento, no geral, um ano. Às vezes mais. Depois da ideia tem plano de marketing, criação de protótipos, testes. Nenhum brinquedo é lançado sem uma bateria enorme de testes de segurança para garantir que nenhuma criança ou adulto vai se ferir ou sofrer qualquer dano por conta desse brinquedo. Quando isso é aferido, o brinquedo pode ter que ser reprojetado ou descartado. Daí se passa ao planejamento de produção. Grosso modo, é isso. Tem mais detalhes, mas não cabe se discutir isso aqui.

As normas de segurança para brinquedos atuais do Inmetro, a portaria 217 de 18/06/2020 podem ser conferidas em:

 http://www.inmetro.gov.br/legislacao/detalhe.asp?seq_classe=1&seq_ato=2642

Olhando para os dois Falcons inaugurais, o Combate e o Ação Camuflada, fazia todo o sentido a associação com uma marca reconhecível com a Comandos em Ação. Ambos tinham uma puxada para o militar (lembrando, inclusive, que estávamos ainda sob governo militar) e as aventuras em cartela e caixa, além do jipe e do tanque, traziam esse fundo de ações de comando. A Estrela parou de usar o Comandos em Ação com o Falcon 80, mudando a identidade visual das caixas para os futuristas. 


 

Mas, veja, a Estrela só registou em 76 a marca Falcon, não a marca Comandos em Ação.

De onde veio “Comandos em Ação”?

Nos anos 60 a Editora La Selva lançou uma publicação em quadrinhos intitulada Seleções Juvenis. Esse título apresentava diversas histórias em quadrinhos como o Pato Dizzy, Kid Colt, Gato Felix, Mazzaropi, Ataque e... Comandos em Ação







 

A publicação era rotativa e com várias edições e foi distribuída durante todos os anos 60. Mas perceba o interessante: o nome da publicação era Seleções Juvenis, o que vinha depois, embora com maior destaque, era um subtítulo, com o nome dos personagens, alguns desses nomes registrados e licenciados e outros, adaptações.

As histórias publicadas em Comandos em Ação eram quadrinhos em preto e branco de histórias de guerra, recomendadas para maiores de 16 anos. Lendo as histórias nota-se uma arte e argumentos um pouco diferentes dos quadrinhos estadunidenses da mesma época e se percebe que são quadrinhos ingleses (os quadrinhos de guerra estadunidenses da época eram mais ufanistas em relação ao patriotismo ianque). As histórias são simples, com moralidade, mensagem e tudo mais, mas são sempre de unidades britânicas.

Procurando pelo licenciamento, a marca Comandos em Ação nunca foi registrada para publicação. Mas até aí, o mercado editorial funcionava com algumas regras próprias e, se o título não está sendo usado e não é registrado, está disponível. Parte de como esse mercado funcionava pode ser lido no livro O Império dos Gibis, da Editora Heróica, que conta a trajetória da Editora Abril e, assim, do mercado editorial brasileiro.

Dessa forma a Estrela pôde usar em sua propaganda o famoso “Comandos em Ação apresenta...”

A marca Comandos em Ação só tem seu registro em 10/04/1984, às vésperas do lançamento dos Comandos em Ação, o GI Joe The Real American Hero que foi lançado nos EUA em 1982. Mas os personagens, Arma Pesada, Bazuqueiro, Rádio Alerta, Cabeça-de-Ponte, Raio Laser e Invasor já estavam todos registrados em dezembro de 83. E a Estrela registrou como sua a marca Comandos em Ação em tudo que se podia na época: vestuário, cama, mesa, banho, papelão e acartonados, material escolar, publicações. 

Qualquer coisa da época com o nome Comando em Ação precisava ser licenciada com a Estrela, inclusive as duas tentativas de ter os quadrinhos do GI Joe da Marvel publicadas aqui com o título de Comandos em Ação, pela Editora Globo entre 87 e 88 e pela Editora Abril entre 93 e 94. 


Comandos em Ação - Editora Abril - Set de 87

Comandos em Ação - Editora Abril - Março de 93

 

Evidente que a Estrela fez isso por já se conhecer o sucesso da linha nos EUA e a grande variedade de produtos que tinham a marca GI Joe. E esse sucesso realmente foi duplicado aqui com os Comandos em Ação em diversos produtos. E isso ainda vale: a marca Comandos em Ação ainda pertence à Estrela Brinquedos.

Os logos relativos à Comandos em Ação são registrados também, assim como os do GI Joe. 

Comandos em Ação fica associado aos bonecos menores, de 1:18, até voltar a ser usado com o Comandos em Ação – Clássicos Falcon em 1994 e depois com o outro lançamento de 2000, o Falcon Força de Ataque. E ficou em suspenso até seu retorno com relançamento do Falcon em 2017, com os 80 anos da Estrela. 

Comandos em Ação - Clássicos Falcon - 1994-95

 

A cereja do bolo: a publicação Comandos em Ação da La Selva era licenciamento de uma revista britânica que começou a ser publicada em 1961, a Commando for Action and Adventrue, ou também conhecida como Commando war stories in picutres. A publicação à época contava histórias das duas grandes guerras e, posteriormente, outros conflitos. A revista é publicada até hoje e está na edição 5400. 




 

Fontes:

INPI – www.gov.br/inpi/pt-br

Young, Peter. Comandos – Os Soldados Fantasmas. Editora Renes, 1975.

Denécé, Éric. A História Secreta das Forças Especiais. Larousse Brasil,  2009.

Souza, Manoel de. Muniz, Maurício. O Império dos Gibis. Editora Heroica, 2020.

Wikipedia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Roberto_Falc%C3%A3o

https://pt.wikipedia.org/wiki/Comandos#:~:text=O%20termo%20nasceu%20a%20partir,no%20princ%C3%ADpio%20do%20s%C3%A9culo%20XX.

https://pt.wikipedia.org/wiki/1.%C2%BA_Batalh%C3%A3o_de_A%C3%A7%C3%B5es_de_Comandos

https://en.wikipedia.org/wiki/Commando_(comics)

 

 

 

 



[i] Os bôeres (português brasileiro) ou bóeres (português europeu) são os descendentes dos colonos calvinistas dos Países Baixos e também da Alemanha e da Dinamarca, bem como de huguenotes franceses, que se estabeleceram nos séculos XVII e XVIII na África do Sul cuja colonização disputaram com os britânicos. Desenvolveram uma língua própria, o africâner, derivado do neerlandês com influências limitadas de línguas indígenas nativas da África como o Bantu, o Xhosa e o Sesotho, do malaio e do alemão. Hoje vivem na África do Sul e na Namíbia, mas também no Botswana e na Suazilândia. Migrações menores de suecos, portugueses, gregos, norte-franceses, catalães, poloneses, escoceses, letões, estonianos e finlandeses também contribuíram para essa mistura étnica. As guerras dos bôeres (ou guerras dos bôers) foram dois confrontos armados na Cidade do Cabo (África do Sul) que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados bôeres, ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno.

[ii] Em outubro de 1973, os países árabes exportadores proclamaram um embargo às nações aliadas de Israel na Guerra do Yom Kipur, conflito militar entre estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel.Em cinco meses de embargo, o preço do barril de petróleo subiu de três dólares para 12 dólares no mundo inteiro. O momento era de crescente consumo de petróleo nos países industrializados, o que garantiu que o embargo custasse muito aos embargados. Ao perceber a dependência dos países árabes, os países compradores de petróleo começaram a mudar suas políticas energéticas para evitar que algo da mesma dimensão ocorresse novamente.

As consequências foram sentidas fortemente no Ocidente. Podemos dizer que esse primeiro “choque do petróleo”, como também é chamado, mudou o Ocidente em relação à busca por formas alternativas de energia, que passaram a ser uma prioridade na gestão energética na maioria dos países.

Os Estados Unidos, por sua vez, não quiseram investir na pesquisa em energias renováveis. Em vez disso, a resposta foi incentivar maior exploração do petróleo em solo americano.

Enquanto isso, os motoristas enfrentavam longas filas nos postos de gasolina e ainda lidavam com ladrões. Uma greve dos caminhoneiros que durou dois dias levou a um tiroteio entre motoristas a favor e contra e até um ataque com bombas.

O Brasil implementou em 1975 um grande projeto tecnológico: o Proálcool, que misturava gasolina e etanol para maior rentabilidade do combustível.

A Índia Portuguesa 



Os portugueses foram o primeiro povo europeu a instalar-se na Índia. Inicialmente, após a chegada de Vasco da Gama a Calecute em 1498, os portugueses pretendiam apenas estabelecer o seu domínio económico, tendo para isso criado diversas feitorias em Cochim, Cananor, Coulão, Cranganor, Tanor e Calecute. No entanto, sentindo a hostilidade por parte de vários reinos indianos e de outros potentados (o grão-sultão do Cairo, a República de Veneza, o sultão de Cambaia e o samorim de Calecute), que se aliaram para os expulsar da Índia, acabaram por oficializar o domínio português, fortificando as feitorias e criando um estado soberano (Goa, 1512).
Os territórios sob administração portuguesa (a que se juntaram Diu, em 1535, e Damão, em 1559) tomaram a designação de Estado Português da Índia. Do início do século XVI ao terceiro quartel do século XX, o Estado Português da Índia foi governado por 109 vice-reis e 128 governadores, tendo os primeiros sido Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
Durante a dinastia filipina, surgiram novos inimigos, fundamentalmente os holandeses e ingleses, que se empenharam em substituir os portugueses. Começou, desta forma, a decadência do domínio português no Oriente, visível logo na perda de Chale em 1603. Mesmo após a Restauração de 1640, o estado de decadência manteve-se, com os holandeses a ocuparem diversos territórios como Malaca, Ceilão, Coulão, Cranganor e Cochim. Além disso, Portugal cedeu Bombaim aos ingleses, como parte do dote da rainha D. Catarina de Bragança.
Durante o período em que os portugueses se estabeleceram na Índia, deu-se um fenómeno de aculturação, em que elementos da cultura europeia influenciaram (mas nunca chegaram a dominar) a cultura indiana e vice-versa. Além disso, os territórios dominados pelos portugueses tornaram-se importantes centros religiosos e culturais, tendo-se construído hospitais, igrejas (em Goa, por exemplo, restam ainda hoje a Igreja de Anjuna e a Igreja do Priorado do Rosário, iniciada em 1543) e conventos, criado escolas e fomentado as artes e as ciências, tanto geográficas como naturais.
Com a descolonização britânica da Índia e o aparecimento da União Indiana em 1947, o interesse do novo país em integrar os antigos rajados semi-independentes levou a um conflito com Portugal. Este recorreu ao Tribunal Internacional de Haia, que lhe deu completa satisfação por sentença arbitral de abril de 1960. Ignorando tal decisão, a União Indiana invadiu os territórios portugueses da Índia (Goa, Damão e Diu) em dezembro de 1961. Mais tarde, Portugal veio a reconhecer a soberania da Índia sobre esses territórios.

domingo, 24 de outubro de 2021

E o o-ring voltou?


 Sim, meus amigos.. parece que o o-ring voltou. Voltou para ficar?

A Hasbro anunciou nesta Pulse Con o lançamento de um 2-pack GI Joe com o Storm Shadow e o Snake Eyes, os arqui-inimigos da franquia. Algo comemorativo, numa caixa bonita, e com as duas cartelas dentro.  



 


As figuras vem praticamente como foram lançadas suas versões V1, no caso do Storm Shadow de 1985, e do V1.5 do Snake, mas acrescido de uma espada e outro modelo de Uzi. 


 

 

 

 


Foi uma grata surpresa esse lançamento, juntamente com o Skystriker do Haslab. Afinal, quando se anunciou o lançamento da Retro Line, era isso o que se esperava e não os modernos remasterizados. Mas era conhecido que o o-ring não seria o modelo do Retro Line, mas ficou a dúvida até o lançamento. 

Primeiro, porque não tínhamos mais o-ring?

A principal razão era conhecida: as normas de segurança internacionais desde de 2006 tonam o modelo de o-ring com o t-hook "inseguro" para crianças, já que basta o ranhento puxar o o-ring e este, se rompendo, teremos um gancho metálico exposto. Tanto que até mesmo Lanard e Bandai abandonaram o sistema por outros, desenvolvendo novos e reutilizando antigos. É proíbitivo? Não. Apenas um método "ultrapassado" de se fazer a articulação e considerado inseguro. E as empresas não gostam de riscos que possam gerar processos por parte de mães infelizes, principalmente nos EUA. Mães. Pais acham que a criança tem que aprender do que jeito que a vida mandar. E os novos modelos de articulação, melhores e diversificados pareciam mais atraentes, usando materiais mais maleáveis do que o plástico rígido necessário para o modelos de o-ring. 

No vídeo de apresentação demonstram que os o-rings agora são de silicone, mais flexíveis e resistentes, e não mais de borracha, além de que as partes que antes que quebravam, polegares e  cintura, agora são flexíveis, ou seja, de elastômero termoplástico e não mais de plástico rígido. Talvez isso tenha sido suficiente para se adequar à norma de segurança.

Lembrem que a adequação de normas é observada com rigor pelos laboratórios internos das empresas para garantir a segurança de crianças e adultos quanto aos seus produtos e, mesmo que um órgão não chegue dizendo que é perigoso, se a empresa entender que sim, vai barrar para evitar processos. Isso é mais observado desde os anos 90. Os anos 80 ainda era a selva. Tanto é assim que, no Brasil, no caso específico do Falcon, o canhão antiaéreo com a carreta não foi lançado por conta de o próprio laboratório da Estrela vetar, pois a mola do sistema de disparo, hoje, é considerada perigosa e passível de não aprovação. Então nem arriscaram com o Inmetro. 

O formato dos modern, melhorado com o tempo (e muito, pois algumas figuras do aniversário de 25 anos tem articulações sofriveis) e conquistou fãs que não o trocam por nenhum clássico vintage,

Mas para as crianças dos anos 80, é o modelo que marcou. 

Mas se não eram mais seguros, não tem um modelo de fabricação moderno e produtivo, tinham moldes espalhados pelo mundo pelos licenciamentos, alguns deles, perdidos,  porque trazer o o-ring de volta agora?

Provavelmente é o que podemos chamar de efeito MOTU. 

Com a volta do da linha He-Man and The Master Of The Universe em seu formato original  remasterizado, com vendas astronômicas, filas de espera para comprar as figuras e um hype com tanta mídia gratuita por parte dos fãs é quase uma certeza que a Hasbro pensou "o que eu tenho que posso usar e ter um efeito semelhante no meu público? GI Joe, é claro!". Afinal Transformers já é a propriedade da Hasbro que mais vende, com uma franquia bem marcada no cinema, animações e tudo mais em torno. Star Wars e Marvel não contam, pois são licenciamentos. My Little Pony nunca sai de moda, sempre tem uma animação nova. 

Mas GI Joe... como revitalizar o interesse? Os filmes foram medianos, o reboot com a origem do Snake Eyes, um fracasso... as animações... bom... vem ai duas temporadas pelo que sabemos e uma série na Paramont-Amazon da Lady J. Mas mesmo assim o brinquedo soldado tem estado em declínio nos últimos anos ao redor do mundo e a imagem da guerra ao terror é delicada, levando a várias decisões de marketing, como não ter mais um Comandante Cobra com capuz para não associa-lo com terroristas do ISIS que usam capuz. 

Então, como vender GI Joe? Para as novas gerações, eu digo, para nós, idosos, é fácil. 

Quem sabe uma animação em partes para GI Joe como foi feito para Transformers no Netflix. Mas até lá, até o efeito de mídia existir, como? Trabalhando memória afetiva. E o sistema Hasbro Pulse de venda direta é perfeito para isso pois vai direto o público colecionador. Sem lojas intermediando, sem prateleiras.Também burla um pouco a questão de segurança pois não estando em prateleira de loja de brinquedo o tipo de fiscalização é um pouco diferente pois se trataria de um colecionável. 

Também é claro que a Hasbro deve ter olhado para o mercado que ela não atendia mais e é suprido por bootlegs como os do Black Major  e do Red Laser Army. Ela até tentou barrar o Black Major, mas não conseguiu apoio legal para isso. Embora a produção Black Major seja de algumas centenas por wave deve ter chamado atenção suficiente da Hasbro para perceber que ainda há público para os ganchinhos. Tanto que o Haslab tem, no meu ponto de vista, até mesmo metas modestas de 10 mil patrocinadores e depois 13 mil, 16 mil e 18 mil para o set do Skystricker quando se pensa no que deveria ser a comunidade de GI Joe em EUA e Reino Unido.

Agora, o o-ring voltou para ficar? É possível que as vendas sejam significativas e garantam vários itens no decorrer dos próximos anos, tanto em boxes colecionáveis como esse quanto pelo Haslab como no caso do Skystriker. Tudo depende de volume de vendas. Vendendo bem, vem mais.  Vamos aguardar as metas do Haslab e as vendas do pack. Então, saberemos.



Mais Classified


 


E a Pujse Con continuou as novidades com as novas figuras Classified, a escala Legends 1:12, para o ano q que vem, pelo menos o primeiro semestre, apresentando figuras espetaculares. 

Teremos o Croc Master!


 O personagem, aqui no Brasil apresentado pela Estrela coomo O Senhor dos Répteis, é um personagem criado para os quadrinhos e que virou figura em 1987 nos EUA, sendo um dos personagens que acompanhado de animal dos mais legais, pois vinha com um mini crocodilo. 

Ah.. se você não sabe, o crocodilo tem nome: Crocdine. E é uma "crocodila". Mas para a linha Classified a rebatizaram de Fiona.

A nova figura é espetacular e vem com um crocodilo com vária articulações e com um tamanho razoável para um crocodilo na escala e, melhor de tudo, um trabalho de pintura muito bom, dando algum ar de realismo muito bem vindo. Dá-lhe o trabalho de fazer um diorama de pântano para colocar o Zartan e o Flint, como no set de estátuas, e o Corc Master com o Gung-Ho. Vai ser épico. 









 A figura vem até com um filhote de crocodilo.  


Virá também um Outback da Tiger Force. Curioso já lançar essa versão do Outbakc em vez da clássica, com a camiseta branca com a escrita "SURVIVOR" no peito. Esse é originalmente uma figura que saiu no Reino Unido na Action Force e que foi lançada no Brasil como parte da Força Eletrônica, nosso amado Forasteiro. 

 






Agora que há o molde, podemos aguarda que, cedo ou tarde, vem a versão da camiseta branca. 

O mais impactante é finamente ter uma versão Classified do Sotmr Shadow Clássico, com a roupa branca e todos os acessórios ninjas que amamos. Esse, com certeza, será umitem de destaque em qualquer coleção. 






 E teremos um Spirit e sua águia Freedon, a Liberdade.Esse também é um personagem muito querido e apresentado para nós, primeiro, no desenho animado que passava na Globo, mostrando a rivalidade entre ele e o Storm Shadow. Para muitos de nós que não tiveram acesso aos quadrinhos dos EUA, a rivalidade que sempre valeu foi essa do cartooo, Storm vs Spirit, algo que nunca foi explicado no desenho só deixa no ar que o Storm foi um Joe e mudou de lado e o Spirit não o perdoa por isso. Ao contrário dos quadrinhos que a rivalidade é com o seu irmão de clá, o Snake Eyes. De fato, não lembro de nenhum embate direto direto entre o Storm e o Snake nos desenhos. Se você lembra, comente aí. 





 Para completar, teremos um BAT, o Battle Android Trooper, algo que deveria vir em box de army builder, assim como Cobra Troopers e Vipers. 


 Para completar, teremos os primeiros Python Patrol, que era aqui a nossa Força Naja, o Python Viper e o Python BAT,






 E para finalizar, finalmente lançado o Zartan de convenção, com todas aquelas cabeças extras, naquela caixa invocada e tudo que a gente tem direito. 




 Os itens estão em pré-venda no Hasbro Pulse, boa sorte. Alguns deles devem ir para as lojas nos EUA até dezembro, se a crise de logística permitir. Não temos informação, ainda se e quais deles virão para o Brasil, sempre lembrando que o pessoal daqui pede para tudo que for lançado venha, mas a sede lá em Rode Island é que diz o que vem ou não. 

Se vierem, o preço naõ deve fugir daquela matemática simples que sempre fizemos: em reais, 10 vezes o valor do preço em dólar. Cada figura está saindo US$ 22,90, exceto o Croc Master e o Zartan, então devem chegar aqui entre 230 e 250 reais, se o dólar não subir mais. E tem todo o jeito que vai. 

O negócio é guardar.